Os jogos do Rui e do Daniel


O meu contributo para o Projeto 49 chama-se Fenda e vai recuperar vários projectos antigos de jogos que estavam na gaveta, coisas que eu queria ter escrito mas que foram ficando pelo caminho, oferecendo agora um rpg para ser jogado a solo, sem necessitar de dados, cartas, ou outro gerador de números aleatórios. 

O Fenda tem uma temática sci-fantasy, o que neste jogo significa que a tecnologia avançada existe por causa da magia, mais ou menos como em Eberron ou Exalted. Há muitos anos uma guerra contra um ser ultrapoderoso apelidado de Ætherplasta, pela sua capacidade de manipulação das energias extra-plantares e controlo das criaturas de pesadelo que lá habitam, destruiu o mundo, estilhaçando-o em vários pedaços. Só através do sacrifício de vários magos foi possível a criação de vários planos, pedaços recuperados e reconstruídos do mundo, que são habitados pelos sobreviventes. Eventualmente, ao longo dos tempos e com muitos estudos mágicos, foram criadas pontes que atravessam o æther e construídos fantásticos aleoscafos ictioformes que permitem a um capitão experiente a orientação e a navegação entre os planos. O jogador irá escolher um dos aspectos de Usura Nau, o galante contrabandista capitão da Accipter Æon, um esguio e rápido aleoscafo tentacular; ao escolher um dos aspectos de Usura Nau irá ter competências, traços e atitudes diferentes perante as situações que criar.

Um rpg a solo geralmente tem um Oráculo que responda às perguntas do jogador para o orientar no ambiente; o jogo vai servir-se da roda dos cinco elementos chineses como Oráculo simplificado para responder às questões do jogador em formato sim/não, e para determinar o sucesso das suas ações; como é tudo criado pelo jogador, ele saberá quais as possíveis ramificações de uma escolha e poderá fazer a sua escolha de uma forma que seja dramaticamente apropriada. Por exemplo, se tiver escolhido o aspecto de Fogo de Usura Nau, ele sabe que uma ação será “sim” se escolher uma resposta Terra ou Madeira, mas que será “não” se escolher Água ou Metal. Se o jogador quiser acrescentar mais detalhes à sua escolha, ele sabe que se escolher uma resposta Madeira, a resposta será “sim, e”, mas se escolher Terra, a resposta será “sim, mas”. Da mesma forma, se escolher falhar com Água, a resposta será “não, e”, mas se escolher falhar com Metal a resposta será “não, mas”. Tudo isto pode parecer muito seco, mas em jogo o jogador irá criar uma ficção à volta das suas escolhas.


Pedi ao Daniel Carvalho para ser meu afilhado neste projecto, e ele muito gentilmente aceitou. Abaixo as suas notas sobre o seu jogo Perspectivas e onde foi buscar inspiração:

Sinopse
Perspectivas é um jogo narrativo em que os jogadores assumem o papel de personagens com a capacidade de reconhecer os vários elementos que compõe a nossa realidade, podendo alterá-los apenas com a força da sua vontade.

Fonte de inspiração
Face ao convite para este projecto, formou-se a ideia já dormente da criação de um jogo que fosse eticamente profundo, com ênfase em questões de metafísica, e que ao mesmo tempo potencia-se momentos ridículos no melhor sentido possível. Juntando esta variáveis, formou-se a constante que é Perspectivas.

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